Monday, April 30, 2018

Uma poesia de Vanessa Navarro Reverte



Palabras que te busqué

Vanessa Navarro Reverte

Estas manos que acarician
los restos de tu fantasma
no saben escribir música;
si no, te compondrían una bella melodía.
Sólo por ti, por los instantes que regalas.

Las notas de un blues te tocan,
vuela con ellas tu alma,
no por mí; por mí no han sido creadas.

Mi música es la tinta
que dibuja estas páginas,
islas de blancura inmaculada.

Dibuja palabras, ingenuas sólo al nacer,
al ser alumbradas,
arenas que hoy te regalo.
Tus párpados, cuando se posen en ellas,
serán los que salven
o condenen su importancia.

Admiradas por el mundo,
inmortales por los siglos,
trascenderán, quizás,
el tiempo implacable
en alacenas, en libros,
en memorias virtuales.
Mas la primera vez que tu boca
forme los signos, dando su aliento
a las sílabas,
ése será el destino, la meta,
el final de la búsqueda.

Y si tú vibras con ellas
mi esfuerzo no habrá sido vano.

PALAVRAS QUE BUSQUEI PARA TI

Estas mãos que acariciam
os restos do teu fantasma
não sabem escrever música;
caso contrário, te comporiam uma linda melodia.
Só por ti, pelos momentos que me regalas.

As notas de um blues te tocam
voam com elas tua alma
não por mim; por mim não teriam sido criadas.

Minha música é a tinta
que desenha estas páginas,
ilhas de brancura imaculada.

Desenha palavras ingênuas  só ao nascer
ao serem iluminadas
areias com que te presenteio.
Tuas pálpebras, quando pousam nelas
serão aqueles que salvarão
ou condenarão sua importância.

Admiradas pelo mundo,
imortais por séculos,
transcenderão, talvez,
o tempo implacável
em armários, em livros,
em memórias virtuais.
Mas, a primeira vez que sua boca
moldar os sinais, dando seu alento
às sílabas,
este será o destino, a meta
o fim da pesquisa.

E se tu vibras com elas
meu esforço não terá sido em vão.

Ilustração: Dicas de Mulher.




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