Thursday, December 12, 2019

Uma poesia de Valeria Di Felice


11.                                   
Valeria Di Felice

Non muovere le mani
ora che i tuoi palmi sono coppe
su cui cola un singhiozzo di piacere.

Non muovere le mani
ora che le dita sono rose dischiuse
sul mio altare,
battente la cantilena ancestrale.

Di bocca in bocca
il vento ha ululato
parole notturne scavando
nel pozzo dei desideri.

Di carne in carne
il respiro si è fatto unisono
generante orienti e melodie
d’altri mondi.

11.

Não mova as mãos
agora que tuas palmas são copos
em que corre um soluço de prazer.

Não mova as mãos
agora que os dedos são rosas abertas
no meu altar
martelando o canto ancestral.

De boca em boca
o vento uivou
cavando as palavras noturnas
no poço dos desejos.

De carne em carne
a respiração é, de fato, uníssona
gerando orientações e melodias
de outros mundos.


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