Que eu sou um monstro, eu sei.
No espelho nunca me olhei
para evitar me assustar.
Lembro bem que adolescente
apavorava tanta gente
e não contei o número de crianças,
que, paralisadas,
choravam ao me ver.
Melhorei muito, pode crer,
com o tempo, a crescer.
Mas, apesar de, hoje, ser mais belo
Sozinho, ao me topar,
muitos bravos ficam amarelos
e até chegam a mijar!
Ilustração: observador.
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