Saturday, December 31, 2022

Com Lord Tennyson damos adeus ao ano velho

 


THE DEATH OF THE OLD YEAR

Alfred, Lord Tennyson

Full knee-deep lies the winter snow,

And the winter winds are wearily sighing:

Toll ye the church bell sad and slow,

And tread softly and speak low,

For the old year lies a-dying.

       Old year you must not die;

       You came to us so readily,

       You lived with us so steadily,

       Old year, you shall not die.

 

He lieth still: he doth not move:

He will not see the dawn of day.

He hath no other life above.

He gave me a friend and a true truelove

And the New-year will take ’em away.

       Old year you must not go;

       So long you have been with us,

       Such joy as you have seen with us,

       Old year, you shall not go.

 

He froth’d his bumpers to the brim;

A jollier year we shall not see.

But tho’ his eyes are waxing dim,

And tho’ his foes speak ill of him,

He was a friend to me.

       Old year, you shall not die;

       We did so laugh and cry with you,

       I’ve half a mind to die with you,

       Old year, if you must die.

 

He was full of joke and jest,

But all his merry quips are o’er.

To see him die across the waste

His son and heir doth ride post-haste,

But he’ll be dead before.

       Every one for his own.

       The night is starry and cold, my friend,

       And the New-year blithe and bold, my friend,

       Comes up to take his own.

 

How hard he breathes! over the snow

I heard just now the crowing cock.

The shadows flicker to and fro:

The cricket chirps: the light burns low:

’Tis nearly twelve o’clock.

       Shake hands, before you die.

       Old year, we’ll dearly rue for you:

       What is it we can do for you?

       Speak out before you die.

 

His face is growing sharp and thin.

Alack! our friend is gone,

Close up his eyes: tie up his chin:

Step from the corpse, and let him in

That standeth there alone,

       And waiteth at the door.

       There’s a new foot on the floor, my friend,

       And a new face at the door, my friend,

       A new face at the door.

A MORTE DO ANO VELHO  

Até os joelhos repletos da neve do inverno,

E os ventos do inverno suspiram cansados:

Tocai o sino da igreja triste e lento,

E pise suavemente e fale baixo,

Pois o velho ano está morrendo.

        Velho ano você não precisa morrer;

        Você veio até nós tão depressa,

        Você viveu conosco tão solidamente,

        Ano velho, você não irá morrer.

 

Ele fica imóvel: ele não se move:

Ele não verá o raiar do dia.

Ele não tem outra vida além.

Ele me deu um amigo e um verdadeiro amor verdadeiro

E o ano-novo os levará embora.

        Ano velho você não deve ir;

        Tanto tempo que você viveu conosco,

        Conosco viu tal alegria,

        Ano velho, você não deve ir.

 

Ele fez o que podia até o seu final;

Um ano mais alegre não veremos.

Mas embora seus olhos estejam escurecendo,

E embora seus inimigos falem mal dele,

Ele era um amigo para mim.

        Ano velho, você não deve morrer;

        Nós rimos e choramos com você,

        Tenho vontade de morrer com você,

        Ano velho, se você deve morrer.

 

Ele foi cheio de piadas e brincadeiras,

Mas todos os seus gracejos alegres acabaram.

Para vê-lo morrer através do lixo

Seu filho e herdeiro cavalga a toda pressa,

Mas ele estará morto antes.

        Cada um por si.

        A noite está estrelada e fria, meu amigo,

        E o ano novo alegre e ousado, meu amigo,

        Vem para ser ele o próprio.

 

Com que dificuldade ele respira! sobre a neve

Acabo de ouvir o canto do galo.

As sombras piscam para lá e para cá:

O grilo canta: a luz queima fraca:

São quase doze horas.

        Aperte as mãos, antes de morrer.

        Velho ano, lamentaremos muito por você:

        O que podemos fazer por você?

        Fale antes de morrer.

 

Seu rosto está ficando afiado e fino.

Uma falta! nosso amigo se foi,

Feche os olhos: amarre o queixo:

Afaste-se do cadáver e deixe-o entrar

Que fique lá sozinho,

        E espera na porta.

        Tem pé novo no chão, meu amigo,

        E uma cara nova na porta, meu amigo,

        Uma cara nova na porta.

 

 

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