Como um deus sem dons
num mundo de ateus
chorei impotente o meu
desespero.
Mil lenços molhei,
criei oceanos, rios,
tempestades, raios e trovões.
No maior silêncio
bradei por teu amor
e, no menor papel, foi o maior
ator.
Quase acreditei não
sentir mais dor,
porém, foi tudo em vão
porque tanto sofri que,
de repente, me vi
a maldizer o tempo, os
sentimentos,
o mundo e a ilusão,
mas, nada estancou
tanto
amor
sangrando lenta e
cruelmente
do meu coração!
Ilustração: Devaneios
Pessoais.
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