Sunday, February 09, 2025

Quase Poema

 

 


Era o céu

E parecia ser o céu

No brilho dos teus olhos.

 

Era o céu ou era o mar?

Era hora de amar.

Eram teus seios

Caindo em minhas mãos

Era o teu ventre

Morno, macio, terno

Teu corpo

Com a febre do eterno

Que, sem jeito, me queimou

Só em tocar

 

Era a beleza

Que se apresentava

Na mágica do instante

Era flor

E parecia flor

Sendo acima de tudo

Desejo, paixão e amor.

 


Era ilusão.

E parecia ilusão ser.

Hoje choro.

Nem te vi desaparecer

E, no entanto,

Há a desolação e teu perfume

Em todo canto

E este poema só de saudades,

E que nem parece

Um poema ser,

Arrodeando com palavras

A falta de razão para viver.  

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