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Era o céu
E parecia ser o céu
No brilho dos teus olhos.
Era o céu ou era o mar?
Era hora de amar.
Eram teus seios
Caindo em minhas mãos
Era o teu ventre
Morno, macio,
terno
Teu corpo
Com a febre do
eterno
Que, sem jeito,
me queimou
Só em tocar
Era a beleza
Que se
apresentava
Na mágica do
instante
Era flor
E parecia flor
Sendo acima de
tudo
Desejo, paixão e
amor.
Era ilusão.
E parecia ilusão
ser.
Hoje choro.
Nem te vi
desaparecer
E, no entanto,
Há a desolação e
teu perfume
Em todo canto
E este poema só
de saudades,
E que nem parece
Um poema ser,
Arrodeando com
palavras
A falta de razão para viver.
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