Milo de Angelis
Il luogo era immobile, la
parola scura. Era quello
il luogo stabilito. Addio
memoria di notti
lucenti, addio grande
sorriso. Il luogo era lì.
Respirare fu un buio di
persiane, uno stare primitivo.
Silenzio e deserto si
scambiavano volto e noi
parlavamo a una lampada.
Il luogo era quello. I tram
passavano radi. Venere
ritornava nella sua baracca.
Dalla gola guerriera si
staccavano episodi. Non abbiamo
detto più niente. Il
luogo era quello. Era lì
che stavi morendo.
O lugar estava imóvel, a
palavra escura. Era aquele
o lugar estabelecido.
Adeus memória das noites
reluzentes, adeus grande
sorriso. O lugar era ali.
Respirar foi uma
escuridão de persianas, um estar primitivo.
Silêncio e deserto se
intercambiaram o rosto e nós, outros,
falávamos a uma lâmpada.
O lugar era aquele. E circulavam
poucos bondes. Vênus
regressava à sua barraca.
Desd’a garganta guerreira
se desprendiam episódios. Não
dissemos nada mais. O
lugar era aquele. Era ali
onde estavas morrendo.
Ilustração: Meu Valor.
No comments:
Post a Comment