THE POEMS
REPEAT AS DREAMS AS TRARS
Vievee Francis
How to begin the
story without being obvious:
the wet face, eyes swollen dim, the swallowed
moan … Who cares and Who cares, you ask. We all have
our pain, and it is so bloody boring, so obvious. But
that is the point: there is a sword, and we know
it is a sword, but despite our knowing we accept
the dual. What remains curious is our umbrage
when the tip of the blade enters. We are shocked. Why
do we never believe it will go through the skin,
that the skin, ephemeral as a cloud, does nothing to protect
the heart? I dream of Pushkin,
in my arms. Thrust through. I give him my breast.
A man who would never have loved me.
I kiss the tight curls on top of his head. It is the moment
after his duel for another’s love, another’s honor.
Being me, I believe I can save him. I can’t.
When I wake from this dream he is dead.
But the dream repeats itself. Every dusk,
the longing. Every daybreak the loss.
OS POEMAS SE REPETEM COMO SONHOS E
LÁGRIMAS
Como começar a história
sem ser óbvio:
o rosto molhado, os olhos
inchados e turvos, o gemido
engolido... Quem se
importa e quem se importa, você pergunta. Todos nós temos
a nossa dor, e ela é tão
terrivelmente chata, tão óbvia. Mas
este é o ponto: há uma
espada, e nós sabemos
que é uma espada, mas
apesar de sabermos, nós aceitamos
a dualidade. O que
permanece curioso é a nossa ofensa
quando a ponta da lâmina
penetra. Nós ficamos chocados. Por que nunca acreditamos que ela atravessará a
pele,
que a pele, efêmera como
uma nuvem, não faz nada para proteger
o coração? Eu sonho com
Pushkin,
nos meus braços. Enfiado neles.
Dou-lhe o meu peito.
Um homem que nunca me
teria amado.
Beijo os cachos firmes no
topo da sua cabeça. É o momento
após o seu duelo pelo
amor de outro, pela honra de outro.
Sendo eu, acredito que
posso salvá-lo. Não consigo.
Quando acordo deste
sonho, ele está morto.
Mas o sonho se repete. A
cada anoitecer,
a saudade. A cada
amanhecer, a perda.
Ilustração: YourClassical.

No comments:
Post a Comment