Thursday, May 22, 2025

Um poema perdido de Julia de Burgos

 

POEMA PERDIDO EN POCOS VERSOS


Julia de Burgos

¡Y si dijeran que soy como devastado crepúsculo
donde ya las tristezas se durmieron!
Sencillo espejo donde recojo el mundo.
Donde enternezco soledades con mi mano feliz.

Han llegado mis puertos idos tras de los barcos
como queriendo huir de su nostalgia.
Han vuelto a mi destello las lunas apagadas
que dejé con mi nombre vociferando duelos
hasta que fueran mías todas las sombras mudas.

Han vuelto mis pupilas amarradas al sol de su amor alba.
¡Oh amor entretenido en astros y palomas,
cómo el rocío feliz cruzas mi alma!
¡Feliz! ¡Feliz! ¡Feliz!
Agigantada en cósmicas gravitaciones ágiles,
sin reflexión ni nada...

POEMA PERDIDO EM POUCOS VERSOS

E se disseram que sou como um devastado crepúsculo

onde as tristezas já dormiam!

Sensível espelho onde recolho o mundo.

Onde suavizo a solidão com minha mão feliz.

 

Hão chegado meus portos que foram atrás dos navios

como querendo fugir de sua nostalgia.

Voltaram para mim o clarão das luas apagadas

que deixei com meu nome vociferando duelos

até que fossem minhas todas as sombras mudas.

 

Minhas pupilas voltaram alunos amarradas ao sol do seu amor pelo amanhecer.

Oh! Amor entretido por estrelas e pombas,

Como o orvalho feliz cruzas minha alma!

Feliz! Feliz! Feliz!

Agigantado em gravitações cósmicas ágeis,

sem reflexão nem nada...

Ilustração: Choro das Rosas.

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