na
sua monótona calma
de
falta de lugares para fazer xixi;
de
fantasias pobres e sem imaginação,
é
inodoro e sem graça, como a canção
que
a banda entoa,
com
a paixão e o entusiasmo de macacos
que
tocam tambor,
como
se, a qualidade, fosse boa
e
jamais souberam o que é o amor.
Este
carnaval,
que brinco como quem vai a um funeral,
tão
diferente e sem sal
me
desorienta
como
quem abre uma lata de doce de abacaxi
e encontra
salsichas;
como
um vídeo-tape de um jogo
em
que meu time perdeu
e,
mesmo assim,
me
pego torcendo para que o resultado mude,
quando
sei o quanto tem de tolo,
quanto
inútil,
como
a vida, aliás.
Ilustração:
revistaregional.com.br
.
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