Morrer
é como dormir e não mais acordar.
Não
me importa mais.
E
por que haveria de me importar?
Se
ontem, feliz, beijei o bico dos teus seios intumescidos,
Abri,
sem nenhum pudor, os tecidos que te cobriam,
Descobrindo,
com febril amor, as doçuras de teu corpo,
Para
deslizar nas tuas curvas mais sinuosas,
Como
quem despenca num tobogã sem freio,
Sem
medo algum, sem nervos, sem receio;
Precipitando-me
ditoso nos teus orifícios
Que
me fizeram desejar fazer da paixão vício
E
sugar de tua flor todo o perfume, suor, sêmen, ais,
Numa
sofreguidão, e calma,
De
não se acabar mais.
Quase
me senti um deus
E
se deus há,
Nunca
deve ter visto antes
Humanos
tão felizes, saciados,
Amolecidos,
puros, contentes,
Conscientes
De
que gozaram o que podiam ter gozado
E
só quem amou um amor assim,
Pode,
sem susto, esperar o fim,
De
vez que tanto amor
Jamais
será superado.
Ilustração:
www.petaladerosa.com.br
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