No éter cósmico fomos espaçonaves
Viajantes de universos inexistentes
Navegando feito barcos em oceanos sólidos
Repletos de esperanças nas alagações do desespero.
Fomos os primeiros e também os últimos amores
Desafiando a dor, ultrapassando seus limites
Como supersônicos, rompemos o som
Sentindo a morte mesmo antes de morrer.
Existimos como avatares, seres irreais
Imersos no sono eterno, sem termos existido.
Ilustração: Papo de Homem.
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