LLUVIA
Matilde
Alba Swann
Lluvia, hoy no te siento.
Hoy no eres nada
mas que agua vertical.
Apenas si te escucho
golpear el pavimento
y llamar con tu clave
sobre mi ventanal
Lluvia, hoy no eres nada
para mi desaliento
nocturno y abismal.
Cuando era niña hallaba
en tu cancion un cuento,
y ya en mi adolescencia
me diste un madrigal.
Ahora lluvia tengo
tanta tristeza adentro,
que no me dices nada
solo te oigo golpear.
Chuva, hoje não te sinto.
Hoje não és nada
mais que uma água vertical.
Mal te escuto
bater no solo
e chamar com tua chave
sobre minha janela.
Chuva, hoje não és anda
para meu desalento
noturno e abismal.
Quando eu era menina encontrava
em tua canção uma
história,
e já na minha
adolescência
me deste um madrigal.
Agora chuva tenho
tanta tristeza dentro,
que não me dizes nada,
só te ouço bater.
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