3. Carta de Gato a uno de sus amores
Enrique Gracia Trinidad
Hice añicos la luna del espejo.
Ya no podía resistir más su respuesta miserable.
Cada vez que buscaba en su interior,
yo desaparecía, estabas tú.
Me decías:
“¡Qué viejo estás! ¿no te das cuenta?”
Recogí los cristales diminutos,
teñidos con la sangre de mis manos.
Te los hice llegar envueltos en papel de celofán.
No acusaste recibo, pero
jamás podrás decir que no te regalé la Luna.
De "Sin noticias de Gato de Ursaria" 2004
(Premio Emilio Alarcos de poesía del Principado de Asturias 2004)
3. Carta gato um de seus amores
Fiz em pedaços a lua do espelho.
Ela não podia resistir a sua resposta miserável.
Cada vez que buscava no seu interior,
eu desaparecia, lá estavas tu.
Me dizias:
"Como estais velho? Não te dás conta? "
Recolhi os cristais diminutos,
manchados com o sangue das minhas mãos.
E os fiz a chegar a ti embrulhados em papel celofane.
Não acusastes o recebimento, porém,
jamais poderás dizer que eu não te dei a lua.
Fiz em pedaços a lua do espelho.
Ela não podia resistir a sua resposta miserável.
Cada vez que buscava no seu interior,
eu desaparecia, lá estavas tu.
Me dizias:
"Como estais velho? Não te dás conta? "
Recolhi os cristais diminutos,
manchados com o sangue das minhas mãos.
E os fiz a chegar a ti embrulhados em papel celofane.
Não acusastes o recebimento, porém,
jamais poderás dizer que eu não te dei a lua.
Ilustração: silviamota.ning.com
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