Saturday, March 16, 2013
Uma poesia de Luis Barahona de Soto
¿A quién me quejaré de mi enemiga?
Luis Barahona de Soto
¿A quién me quejaré de mi enemiga?
¿Al tiempo? No es razón, que me ha burlado.
¿Al cielo? No es juez de mi cuidado.
Ni al fuego, pues el fuego me castiga.
¿Al viento? Ya no escucha mi fatiga,
que está en mis esperanzas ocupado.
¿A Amor? Es mi enemigo declarado
y en condenarme piensa que me obliga.
Ya, pues ninguno de mi parte siento,
Filis ingrata, a ti de ti me quejo;
juzguen tus ojos, reos y testigos.
Y el tiempo, el cielo, el fuego, Amor y el viento
lloren mi muerte, pues mi causa dejo
en manos de mis propios enemigos.
A quem me queixarei de minha inimiga?
A quem me queixarei de minha inimiga?
Ao tempo? Não é razão, que me há burlado.
Ao céu? Não é juiz de meus cuidados.
Nem ao fogo, pois, o fogo me castiga.
Ao vento? Já não escuta a minha fadiga,
que está em minhas esperanças ocupado.
Ao amor? É meu inimigo declarado
e em condenar-me pensa que me obriga.
Sim, pois, ninguém de minha parte sinto.
Filis ingrata, a ti de ti me queixo;
julguem seus olhos, réus e testemunhos.
E o tempo, o céu, o fogo, amor e vento
chorem minha morte, pois, minha causa deixo
nas mãos dos meus próprios inimigos.
Ilustração: www.fanpop.com
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment