Caligrafias
Javier Galarza
te convoco con palabras
de mago. hasta romper mi boca
contra el silencio del alba.
para amar tu disolución
en la sombra, la llovizna
de tus dichos,
tu militancia en lo prohibido,
voy a quererte como pueda,
a decirte donde alcance.
voy a amar las celosías
del invierno, todo lo que humedezca
los dibujos con tu forma,
para que no se borre tu nombre
en la ventana, tu caligrafía
de vacilaciones,
las pintadas rebeldes
de nuestra resistencia
en la pared.
de mago. hasta romper mi boca
contra el silencio del alba.
para amar tu disolución
en la sombra, la llovizna
de tus dichos,
tu militancia en lo prohibido,
voy a quererte como pueda,
a decirte donde alcance.
voy a amar las celosías
del invierno, todo lo que humedezca
los dibujos con tu forma,
para que no se borre tu nombre
en la ventana, tu caligrafía
de vacilaciones,
las pintadas rebeldes
de nuestra resistencia
en la pared.
Caligrafias
Te
convoco com palavras
de mago. Até romper a minha boca
contra o silêncio do amanhecer.
para amar a tua dissolução
na sombra, na chuva
de tuas palavras,
da tua militância no proibido
vou te amar como posso,
a dizer-te até onde alcanço.
de mago. Até romper a minha boca
contra o silêncio do amanhecer.
para amar a tua dissolução
na sombra, na chuva
de tuas palavras,
da tua militância no proibido
vou te amar como posso,
a dizer-te até onde alcanço.
.
vou amar as friagens
do inverno, tudo o que umedeça
os desenhos da tua forma,
para que não se apague o teu nome
na janela, tua caligrafia
de vacilações,
os rebeldes grafites
de nossa resistência
na parede.
vou amar as friagens
do inverno, tudo o que umedeça
os desenhos da tua forma,
para que não se apague o teu nome
na janela, tua caligrafia
de vacilações,
os rebeldes grafites
de nossa resistência
na parede.
Ilustração: fiquepeixenarede.blogspot.com
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