Sunday, December 07, 2014

Uma poesia de Manuel Acuña

 
Pobre flor                                                              

Manuel Acuña

-"¿Por qué te miro así tan abatida,
Pobre flor?
¿En dónde están las galas de tu vida
Y el color?"

"Dime, ¿por qué tan triste te consumes,
Dulce bien?
-"¿Quién?, ¡el delirio devorante y loco
De un amor,
Que me fue consumiendo poco a poco
De dolor!
Porque amando con toda la ternura
De la fe,
A mí no quiso amarme la criatura
Que yo amé.

"Y por eso sin galas me marchito
Triste aquí,
Siempre llorando en mi dolor maldito,
¡Siempre así!"-
¡Habló la flor!...
Yo gemí... era igual a la memoria
De mi amor.

Pobre flor

“Por que te olho assim tão abatida,
pobre flor?
Onde estão os brilhos de tua vida
e a cor?”

“Diz-me, por que tão triste te consomes,
doce bem?
Quem?...o delírio devorante e louco
de um amor,
que me foi consumindo pouco a pouco
de dor!
Porque amando com toda a ternura
da fé,
a mim não quis amar-me a criatura
que eu amei.

“E por isso sem brilho vou murchando
triste aqui,
sempre chorando em minha dor maldita,
sempre assim!”-
falou a flor.
Eu gemi...era igual à memória
de meu amor.

Ilustração: jonathan-esquina.blogspot.com


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