Tuesday, July 18, 2017

De volta César Vallejo



EL POETA A SUA AMADA

César Vallejo

Amada, en esta noche tú te has crucificado
sobre los dos maderos curvados de mi beso;
y tu pena me ha dicho que Jesús ha llorado,
y que hay un viernes santo más dulce que ese beso.

En esta noche clara que tanto me has mirado,
la Muerte ha estado alegre y ha cantado en su hueso.
En esta noche de setiembre se ha oficiado
mi segunda caída y el más humano beso.

Amada, moriremos los dos juntos, muy juntos;
se irá secando a pausas nuestra excelsa amargura;
y habrán tocado a sombra nuestros labios difuntos.

Y ya no habrá reproches en tus ojos benditos;
ni volveré a ofenderte. Y en una sepultura
los dos nos dormiremos, como dos hermanitos.

O POETA E SUA AMADA

Amada, nesta noite tu te hás crucificado
sobre as duas madeira curvadas de meu beijo;
e tua dor me há dito que Jesus havia chorado,
e que há uma  sexta-feira santa mais doce que este beijo   

Nesta noite clara que tanto me tens olhado,
a morte tem sido alegre e tem cantado no seu osso.
Nesta noite de setembro se há oficiado
minha segunda queda e o mais humano beijo.

Amada, vamos morrer os dois juntos, juntos;
se irá secando em pausas a nossa excelsa amargura;
e haverão de tocar a sombra os nossos lábios defuntos.

E não haverá censuras em teus olhos benditos;
nem voltarei a ofender-te. E em uma sepultura
os dois dormiremos, como dois irmãos, hirtos.


Ilustração: frases,mensagens e poesias. 

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