Ah!
A minha emoção,
em
evaporação,
transluziu
transvariou
se espalhou,
se desmanchou
na
flor do corpo dela.
Tudo
se confundiu
no
mundo que fugiu
no
gozo cor de rosa
que
transformou em prosa
o
nirvana na janela.
Ah!
Não me aperte não!
O
êxtase é ilusão;
concreta
só a mão
no
corpo,
na
carne dela.
Já
vejo tudo azul
vem
um vento lá do sul
que
saí do Guaporé
e,
em inversa direção,
cai
em Paracuru
cria
maracatu,
espalha
areia e guizo
lá
por Jericoacoara
contente
com meu riso,
que
ri de tua cara,
vermelha
e amarela,
estrela
afogueada,
pelos
barrancos altos
de
Canoa quebrada
já não sabe de nada.
Não
quero nem saber
se
come mortadela
perdida
em sua coxinha
navego
céu e mar,
velas
soltas pelo ar,
só
sei mesmo é gozar
em
Belém do Pará
nem
sei mais de bazar,
de Tânia ou Jezebel,
até mesmo de mel,
do
céu de Calcutá,
da
lua em Bagdá
ou
mesmo se algum dia
irei
a Zanzibar
eu
quero é me acabar
de
tanto te querer
vou gozar até morrer!
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