Sei
bem, não tenho ilusão,
nossos
corpos
não
são mais os mesmos.
nem
tão novos, nem tão inocentes...
Há
as dobras nas barriguinhas,
as
veias azuis, os cortes, as marcas,
todavia,
ainda persistem,
mesmo
diferentes,
os
mamilos, os umbigos, os cabelos
(é
bem verdade, ralos em algumas partes),
a
dureza de alguns ossos que resistem
como
se quisessem dizer
que,
por mais triste
a
situação, algo ainda dura.
O
que não queres mostrar
que
fique por aí
do
jeito que está.
Pouco
me importa.
Apagas
a luz
e
é ainda teu beijo
que
me faz perder a noção
e,
nas sombras, sinto
ao
apalpar
que
há um porção de lugares,
que
nos fazem sonhar
e
nossos gestos e corpos
ainda
tiram de tudo um prazer,
que,
nos faz felizes,
gemer.
Ilustração: entre o sonho e a realidade.
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