The
archipelago of kisses
Jeffrey McDaniel
We
live in a modern society. Husbands and wives don't grow
on
trees, like in the old days. So where
does
one find love? When you're sixteen it's easy, like being
unleashed
with a credit card
in
a department store of kisses. There's the first kiss.
The
sloppy kiss. The peck.
The
sympathy kiss. The backseat smooch. The we shouldn't
be
doing this kiss. The but your lips
taste
so good kiss. The bury me in an avalanche of tingles kiss.
The
I wish you'd quit smoking kiss.
The
I accept your apology, but you make me really mad
sometimes
kiss. The I know
your
tongue like the back of my hand kiss. As you get older,
kisses
become scarce. You'll be driving
home
and see a damaged kiss on the side of the road,
with
its purple thumb out. If you
were
younger, you'd pull over, slide open the mouth's red door
just
to see how it fits. Oh where
does
one find love? If you rub two glances, you get a smile.
Rub
two smiles, you get a warm feeling.
Rub
two warm feelings and presto-you have a kiss. Now
what?
Don't invite the kiss over
and
answer the door in your underwear. It'll get suspicious
and
stare at your toes. Don't
water
the kiss with whisky. It'll turn bright pink and explode
into
a thousand luscious splinters,
but
in the morning it'll be ashamed and sneak out of your body
without
saying good-bye,
and
you'll remember that kiss forever by all the little cuts it left
on
the inside of your mouth. You must
nurture
the kiss. Turn out the lights. Notice how it illuminates
the
room. Hold it to your chest
and
wonder if the sand inside hourglasses comes from a special
beach.
Place it on the tongue's pillow,
then
look up the first recorded kiss in an encyclopedia: beneath
a
Babylonian olive tree in 1200 B.C.
But
one kiss levitates above all the others. The intersection
of
function and desire. The I do kiss.
The
I'll love you through a brick wall kiss. Even when
I'm
dead, I'll swim through the Earth,
like
a mermaid of the soil, just to be next to your bones.
O ARQUIPELAGO DOS BEIJOS
Nós
vivemos em uma sociedade moderna. Maridos e esposas não crescem
nas
árvores, como nos velhos tempos. Então onde
alguém
encontra amor? Quando você tem dezesseis anos é fácil, como estar
largado
com um cartão de crédito
numa
loja de departamentos de beijos. Tem o primeiro beijo.
O
beijo desleixado. O beijinho
O
beijo de simpatia. O beijo do banco de trás. O que não deveríamos
estar
fazendo isto. Os beijos, porém, teus lábios
sabem
tão bem. O beijo enterra-me numa avalanche de emoções.
O
beijo desejarias que parasse de fumar.
O
beijo aceito tuas desculpas, mas, você me enlouquece
às
vezes. O beijo
conheço
tua língua como a palma da minha mão. À medida que envelhece,
os
beijos se tornam escassos. Manejarás
a
casa e verás um beijo danificado ao lado da estrada,
com
o polegar roxo para fora. Se fosses mais jovem, encostava, abria a porta vermelha da boca
só
para ver como se encaixa. Oh onde
alguém
encontra amor? Se deres dois olhares, terás um sorriso.
Se
deres dois sorrisos, terás um sentimento cálido.
Se
tiveres sentimentos cálidos logo, terás um beijo. Agora
o
que? Não convide o beijo para sua caixa
e
atenda com roupa de baixo. Ficará suspeito
e
olhará para teus dedos do pé. Não agues
o
beijo com uísque. Ficará rosa brilhante e explodirá
em
mil lascas voluptuosas,
porém,
de manhã estará envergonhado e sairá do teu corpo
sem
dizer adeus,
e
lembrarás daquele beijo para sempre por todos os pequenos cortes que deixou
no
interior da sua boca. Deves
nutrir
o beijo. Apaga as luzes. Observa como ilumina
a
sala. Segure-a no seu peito
e
pergunte se a areia dentro de ampulhetas de sal vem de um especial
de
praia. Ponha na almofada da língua, e,
então,
procure pelo primeiro beijo gravado em uma enciclopédia: abaixo
uma
oliveira babilônica em 1200 a.C.
Porém,
um beijo levita acima de todos os outros. A interseção
da
função e desejo. O beijo de si.
O
beijo eu te amarei através de uma parede de tijolos. Ainda quando
morto,
nadarei por toda a terra,
como
uma sereia do solo, só para estar ao lado dos teus ossos.
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