Antes fui um nada,
um nada inconsciente.
Até mais que nada,
uma remota possibilidade.
Um dia acordo um nada
quase, tentando ser consciente,
para ter certeza apenas
que, a qualquer hora,
serei um nada eternamente.
É o ciclo eterno da vida
(minha, tua, de todos os zés ninguéns):
ir do nada para o nada,
ser o breve sonho
de coisa nenhuma!
Ilustração:
https://respeite-o-esquisito.blogspot.com/
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