Sinto, muitas vezes, no meu coração um buraco.
Outras vezes, é um desejo, uma vontade,
ou, com sinceridade,
o sonho de voltar ao passado.
A saudade é um sentimento matizado.
Penso nela como se fosse o por do sol,
prateada, com uma pitada de amarelo, um cor de rosa,
cinza ou incolor,
variada como são as bolas de futebol.
Às vezes, vermelha, branca, marrom,
negra ou quase verde
feito uma sombra passageira que se perde.
É que a saudade, que parece não ter cor,
mexe com o coração, o fígado, a bílis, com o ódio e o amor.
Varia, é cambiante, é difusa, é aquarela,
enfim, como o arco-íris
tem todas as matizes,
e só quando se acaba
nos deixa felizes.
Ilustração: https://www.greenme.com.br.
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