LA MUERTE DE LA ROSA
Gabriel García Márquez
Murió de
mal aroma.
Rosa idéntica, exacta.
Subsistió a su belleza,
Sucumbió a su fragancia.
No tuvo nombre: acaso
la llamarían Rosaura,
O Rosa-fina, o Rosa
del amor, o Rosalba;
o simplemente Rosa,
como la nombra el agua.
Más le hubiera valido
ser siempreviva, Dalia,
pensamiento con luna
como un ramo de acacia.
Pero
ella será eterna:
fue rosa; y eso basta;
Dios
la guarde en su reino
a la diestra del alba.
A MORTE
DA ROSA
Morreu de mau aroma.
Rosa idêntica, exata.
Subsistiu à sua beleza,
sucumbiu à sua fragrância.
Não teve nome: talvez
a chamariam Rosaura,
ou Rosa-fina, ou Rosa
do amor, ou Rosalva;
ou apenas Rosa,
como se nomeia a água.
Mas teria sido melhor
ser sempre-viva,
Dália,
pensamento
com lua
como um ramo de acácia.
Porém ela será eterna:
era rosa; e isso basta;
Deus a guarde em seu reino
à direita da aurora.
Ilustração: Spirit Fanfics e Histórias.
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