Sunday, February 19, 2023

Uma poesia de Tommye Blount

 


AN ACT OF LOVE

Tommye Blount

Not an act, I’m told, more a leave to live

where words have no leverage—I’ve a pile

of words. It was useful to hear actors

talk shop about how one doesn’t just act

 

but live the role—a trick into feeling

what doesn’t need said. I watch a cast now

from this seat next to no one asking me

what was said like these two do, one row up.

 

Once home, they’ll unwrap each other’s bow-tied

necks; mouths agape, marvel over their spoils

as if for the first time. Look at the way

one lowers the other’s mask, levies a kiss,

 

then worries back its curl over the usher

-hushed laugh, each needling the other to live.

UM ATO DE AMOR

Não um ato, me disseram, mais uma licença para viver

onde as palavras não têm influência - eu tenho uma pilha

de palavras. Foi útil ouvir os atores

falar sobre como alguém não apenas age

 

porém vive o papel - um truque para sentir

o que não precisa ser dito. Eu assisto um elenco agora

deste assento ao lado de ninguém me perguntando

o que foi dito como esses dois fazem, uma linha acima.

 

Uma vez em casa, eles vão desembrulhar os laços um do outro

pescoços; boquiabertos, maravilhados com seus despojos

como se fosse a primeira vez. Olho para o caminho

um abaixa a máscara do outro, arranca um beijo,

 

então se preocupa com sua curva sobre o recepcionista

- riso abafado, cada um precisando do outro para viver.

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