Se criar um bar, um dia,
nele colocarei teu nome.
No navio ou no barco,
que nunca comprarei,
teu nome colocaria.
Na fachada da casa
de praia que sonhei
em letras de pura brasa
vejo teu nome, bem sei.
E nos poemas que faço
é a ausência nos espaços
notada por tão oculta
nas coisas que não
nomeei-
surge a paixão insensata,
o romance secreto salta
denunciado por falta.
Teu nome não posso ouvir
sem ter enorme emoção,
sem palpitação sentir,
sem doer o coração.
Se teu nome se pronuncia
meu rosto fica vermelho.
Fujo de todos, do espelho
que meu rubor denuncia.
.

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