Tuesday, October 20, 2015

Mais um poema de Francisco Luis Bernárdez

Soneto del amor victorioso                           
Francisco Luis Bernárdez

Ni el tiempo que al pasar me repetía
Que no tendría fin mi desventura
Será capaz con su palabra obscura
De resistir la luz de mi alegría,

Ni el espacio que un día y otro día
Convertía distancia en amargura
Me apartará de la persona pura
Que se confunde con mi poesía.

Porque para el amor que se prolonga
Por encima de cada sepultura
No existe tiempo donde el sol se ponga.

Porque para el amor omnipotente,
Que todo lo transforma y transfigura,
No existe espacio que no esté presente.
  
Soneto de amor vitorioso

Nem o tempo que a passar me repetia
Que não teria fim minha desventura
Será capaz com sua palavra obscura
De resistir à luz da minha alegria,

Nem o espaço de um dia e outro dia
Converterá distância em amargura
Me afastará da pessoa pura
Que se confunde com a minha poesia.

Porque para o amor que se prolonga
Por cima de qualquer sepultura
Não há tempo onde o sol não se alonga.

Porque para o amor onipotente,
Que tudo transforma e transfigura,
Não há espaço que não este presente.


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