Francisco
Luis Bernárdez
Ni
el tiempo que al pasar me repetía
Que
no tendría fin mi desventura
Será
capaz con su palabra obscura
De
resistir la luz de mi alegría,
Ni
el espacio que un día y otro día
Convertía
distancia en amargura
Me
apartará de la persona pura
Que
se confunde con mi poesía.
Porque
para el amor que se prolonga
Por
encima de cada sepultura
No
existe tiempo donde el sol se ponga.
Porque
para el amor omnipotente,
Que
todo lo transforma y transfigura,
No
existe espacio que no esté presente.
Soneto de amor vitorioso
Nem
o tempo que a passar me repetia
Que
não teria fim minha desventura
Será
capaz com sua palavra obscura
De
resistir à luz da minha alegria,
Nem
o espaço de um dia e outro dia
Converterá
distância em amargura
Me
afastará da pessoa pura
Que se
confunde com a minha poesia.
Porque
para o amor que se prolonga
Por
cima de qualquer sepultura
Não
há tempo onde o sol não se alonga.
Porque
para o amor onipotente,
Que
tudo transforma e transfigura,
Não
há espaço que não este presente.
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