CONFISSÃO DESAJEITADA
Eu sinto falta de você
e, no ar, o teu perfume
parece estar em toda parte
como se tivesse o dom, a arte
de ser onipresente-
uma ilusão real.
Sinto faltas das tuas mãos
que dizes serem desajeitadas
mas, que nos carinhos
são máquinas de agradar,
precisas,
que ainda não foram inventadas,
uma antecipação do futuro.
Sinto também que tudo está escuro
e nada me faz feliz sem você.
Não sei se isto é amor,
nem o que pode ser,
porém, se não for,
o que mais pode ser?
Ilustração: Cobra com Asa
No comments:
Post a Comment