Este amor que é tudo quanto resta
Me redime das culpas e pecados.
É uma árvore, contudo, uma floresta,
Um deserto de oásis alagado.
Este amor que é tudo quanto tive
Me desculpa dos erros e desejos.
É tão grande que em todo o espaço vive;
Tão pequeno que mora nos teus beijos.
Este amor que é tudo o quanto levo
Me deixa de ilusão carregado,
Feliz de me atrever o quanto atrevo.
Este amor que é tudo que me é dado
É muito mais do que solo e relevo:
É terra, é ar, é céu, canção, pecado!
(De Imagens da Incerteza, Brasília, Editora Thesaurus, 1988).
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