Thursday, December 08, 2016

Dois poemas de Gloria Fuertes



TODO EL PASADO

Gloria Fuertes

Todo el pasado se quiere apoderar de mí
y yo me quiero apoderar del futuro,
me dislocan la cabeza para que mire atrás
y yo quiero mirar adelante.

No me asustan la soledad y el silencio,
son los lugares preferidos de Dios
para manifestarse.

Mi eterna gratitud a los que me quieren,
siempre les recordaré a la hora del sol.

No puedo detenerme,
perdonad, tengo prisa,
soy un río de fuerza, si me detengo
moriré ahogada en mi propio remanso.

TODO O PASSADO

Todo o passado quer se apoderar de mim
e eu quero me apoderar do futuro,
me deslocam a cabeça para que olhe para trás
e eu quero olhar para a frente.

Não me assustam a solidão e o silênco,
são os lugares preferidos de Deus
para manifestar-se.

Minha eterna gratidão aos que me querem,
Sempre os recordarei na hora do sol.

Não posso me deter,
perdoa-me, tenho pressa,
sou um rio de força, se me detenho
morrerei afogado no meu próprio remanso.

AUNQUE NOS MURIÉRAMOS AL MORIRNOS

Gloria Fuertes

Aunque no nos muriéramos al morirnos,
le va bien a ese trance la palabra: Muerte.

Muerte es que no nos miren los que amamos,
muerte es quedarse solo, mudo y quieto
y no poder gritar que sigues vivo.

AINDA QUE NÃO MORRAMOS AO MORRER

Ainda que não morramos ao morrer,
cai bem a esta passagem a palavra: Morte.

Morte é que não nos olhem quem amamos,
morte é ficar só, calado e quieto
e não poder gritar que segues vivo.


Ilustração: Gigante do Mundo

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