Wednesday, July 19, 2017

E, de volta, Ramón de Almagro

Me pregunto                                                        
(Soneto II )

Ramón de Almagro

Que se dirán, amor, esas veredas
Que nos vieron pasar juntos del brazo
Que se dirán, amor, hoy que nos queda
Llevar entre los dos nuestro fracaso.

Que se dirán, amor, aquellos árboles
Que marcamos con tantos juramentos
Que se dirán si oyen nuestras voces
Discutiendo llevadas por el viento.

Que se dirán, amor, esas estrellas
Que se dirán al ver nuestras querellas
Que se dirán, ya sé... no dirán nada.

Amores tan deshechos como el nuestro
Se ven tantos, amor, que por supuesto,
Las estrellas ya están... acostumbradas


Me pergunto
(Sonnet II)

Que se dirão, amor, essas veredas
Que nos viram passar juntos de braços
Que se dirão, amor, hoje que nos queda
Levar entre os dois nosso fracasso.

Que se dirão, amor, aquelas árvores
Que marcamos com tantos juramentos
Que se dirão se ouviram nossas vozes
Discutindo levadas ao sabor do vento.

Que se dirão, amor, essas estrelas
Que se dirão ao ver nossas querelas
Que se dirão, eu sei ...não dirão nada.

Amores com desfechos como o nosso
Se vão tantos, amor, que, por suposto,
As estrelas já estão acostumadas ...

Ilustração: Revista Interlúdio. 



1 comment:

Moreira said...

Adorei o seu blog! Continue assim por favor!