Tuesday, November 19, 2019

Outra poesia de Alfonso Brezmes


LA LLAMADA                                                  

Alfonso Brezmes

-El mundo es de los valientes- se oscurecía al mirarlos.

-Vivirás y habrá sido en vano- le atravesaban sus palabras.

-Nunca se escribió nada de quienes en tierra permanecen y sus naves resguardan del salitre y la fiera costumbre del mar- su cuerpo se agitaba al oírlos.

-¿Para quién guardas tu pericia y el fulgor breve de tu juventud?- al escucharlos hablar, algo se iba abriendo paso en su interior.

Cuando le vieron volar, no sabían a dónde dirigirse, y algunos volvían a sus viejos libros, y otros encaminaban sus pasos hacia los arrecifes, como quien acude a la débil llamada de una ciudad perdida en la bruma de la infancia.


A CHAMADA

-O mundo pertence aos bravos- escureceu ao olhá-los.

-Viverás e haverá sido em vão- lhe atravessaram suas palavras.

-Nunca escreveu nada dos que permanecem em terra e seus navios guardam o salitre e os ferozes costumes do mar; seu corpo se agitava ao ouvi-los.

- Para quem tu manténs sua perícia e o brilho breve de sua juventude? – ao escutá-lo, algo ia abrindo o passo no seu interior.

Quando o viram voar, não sabiam para onde se dirigir, e alguns voltaram a seus livros antigos, e outros encaminhavam seus passos até os recifes, como quem atende à débil chamada de uma cidade perdida nas brumas da infância.


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