L’APPARENZA
Anna
Maria Bonfiglio
Non
guardare di me l’occhio che ride
la
voce fresca
o
l’ilare bocca che adesca.
Nell’atlante
che sfiori con le dita
non
cercare le alture ardimentose
o
le pianure erbose.
Esplora
invece i fiumi azzurri
sotterranei
che adornano
le
mani, le logorate valli
i
merletti dei tarli.
Quello
che non appare
è
l’ago che segna la scissione
fra
il viaggio dell’andata e l’inversione.
A APARÊNCIA
Não
guarde dos meus olhos rindo
a
voz fresca
ou
a boca hilariante que atrai.
No
atlas que tocas com os dedos
não
procure as alturas ousadas
ou
as planícies gramadas.
Explora,
em vez disso, os rios azuis
porões
que adornam
mãos,
vales desgastados
o
laço de minhocas.
Aquilo
que não aparece
é
a agulha que marca a divisão
entre
a jornada externa e a inversão.
Ilustração:
pastordbarbosa.blogspot.com.
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