Wednesday, May 27, 2020

Outra poesia de Anna Maria Bonfiglio



L’APPARENZA                                     

Anna Maria Bonfiglio

Non guardare di me l’occhio che ride
la voce fresca
o l’ilare bocca che adesca.
Nell’atlante che sfiori con le dita
non cercare le alture ardimentose
o le pianure erbose.
Esplora invece i fiumi azzurri
sotterranei che adornano
le mani, le logorate valli
i merletti dei tarli.
Quello che non appare
è l’ago che segna la scissione
fra il viaggio dell’andata e l’inversione.

A APARÊNCIA

Não guarde dos meus olhos rindo
a voz fresca
ou a boca hilariante que atrai.
No atlas que tocas com os dedos
não procure as alturas ousadas
ou as planícies gramadas.
Explora, em vez disso, os rios azuis
porões que adornam
mãos, vales desgastados
o laço de minhocas.
Aquilo que não aparece
é a agulha que marca a divisão
entre a jornada externa e a inversão.

Ilustração: pastordbarbosa.blogspot.com.

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