O que sei de ti, vírus
insensível,
é que levarás muitos de
nós
(espero que não os muito
próximos
que já perdi amigos
demais).
Sei que és feroz
na forma como te
disseminas,
no afã com que as forças
eliminas
dos mais frágeis.
Sei que de nada
adianta o mero
isolamento.
És um inimigo implacável,
solerte,
que aguarda o exato
momento
para realizar tua captura
e se multiplicar pelas
criaturas.
É o teu meio de
sobreviver
(não censuro o que faz
parte da natureza)
mas, espero, víruszinho
esperto
que, no Brasil, aja certo
e cumpra tua tarefa sendo
ameno.
Por favor, seja ligeiro,
e, pelo menos uma vez,
o número de mortos
deixe por menos!
Ilustração: Outras
Palavras.
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