Tuesday, May 04, 2021

Outra poesia de Matilde Alba Swan

 


LLUVIA

Matilde Alba Swan

Lluvia, hoy no te siento.

Hoy no eres nada

mas que agua vertical.

Apenas si te escucho

golpear el pavimento

y llamar con tu clave

sobre mi ventanal

 

Lluvia, hoy no eres nada

para mi desaliento

nocturno y abismal.

 

Cuando era niña hallaba

en tu cancion un cuento,

y ya en mi adolescencia

me diste un madrigal.

Ahora lluvia tengo

tanta tristeza adentro,

que no me dices nada

solo te oigo golpear.

 

CHUVA

 

Chuva, hoje não te sinto.

Hoje não és nada

mais do que água vertical.

Quase não te escuto

batendo no pavimento

e a chamar com teu código

na minha janela

 

Chuva hoje não és nada

para meu desalento

noturno e abismal.

 

Quando era criança encontrava

na tua canção uma história,

e já na minha adolescência

me destes um madrigal.

Agora chuva tenho

tanta tristeza por dentro,

que não me dizes nada

só te ouço batendo

 

Ilustração: Tribuna de Petropólis.

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