LE BONHEUR DE CE MONDE
Christophe Plantin
Avoir une maison commode,
propre et belle,
Un jardin tapissé
d’espaliers odorans,
Des fruits, d’excellent
vin, peu de train, peu d’enfans,
Posseder seul sans bruit
une femme fidèle,
N’avoir dettes, amour, ni
procès, ni querelle,
Ni de partage à faire
avecque ses parens,
Se contenter de peu,
n’espérer rien des grands,
Régler tous ses desseins
sur un juste modèle,
Vivre avecque franchise
et sans ambition,
S’adonner sans scrupule à
la dévotion,
Dompter ses passions, les
rendre obéissantes,
Conserver l’esprit libre
et le jugement fort,
Dire son chapelet en
cultivant ses entes,
C’est attendre chez soi
bien doucement la mort.
A FELICIDADE DESTE MUNDO
Ter uma casa boa, limpa e
bem cuidada,
Um jardim variado de
canteiros perfumados,
Frutos, um bom vinho, poucos
filhos,
Possuir, sem alarde, esposa
apaixonada;
Não ter dívidas, amor, processos
nem brigas
De partilha com os seus parentes
próximos,
Com pouco estar feliz,
descrer dos poderosos,
Seus desejos regrar por ambições
moderadas;
Viver com franqueza e não
tendo ambição,
Entregar-se sem escrúpulos
à sua devoção,
Domar suas paixões, torna-las
obedientes,
Conservar o espírito
livre e o julgamento forte,
Dizer seu rosário,
enquanto cultiva seus entes
É esperar docemente em casa pela morte.
Ilustração: Guia
do Estudante.
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