SHOT TOWER
Bert Almon
I want to think of poems
as if made in a shot tower,
a tall building where
molten lead poured through a sieve
drops a long way, with
surface tension forming
perfect spheres, annealed
by the plunge
into the cold water tank
of reality at the bottom.
Instead I confront a
bored detective
digging a misshapen bullet
out of a wall
after it missed the
target. A leaden clot
dropped into a plastic
bag but marked
by human choice. Pure
gravity writes no poetry.
UMA
TORRE DE TIRO
Quero pensar nos poemas como se feitos numa torre de tiro,
um prédio alto onde o chumbo
derretido vazou, por uma peneira,
escorregando por um longo
caminho, com a tensão superficial formando
esferas perfeitas,
recozidas pelo mergulho
no fundo do tanque de
água fria da realidade.
Não obstante, me confronto
com um detetive entediado
escavando uma deformada
bala de uma parede
depois que errou o alvo.
Um coágulo de chumbo
caiu em uma bolsa de
plástico, porém, marcado
pela escolha humana. A pura
gravidade não escreve poesia.
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