O que era mistério, doçura, desejo
se revelou, com um beijo,
constante tentação,
porém, o tempo,
cruel carrasco da beleza,
a liberdade do prazer
prendeu na jaula do cotidiano
e a glória dos grandes momentos
se tornou apenas a repetição sistemática
da mesma peça, igual, estática.
E agora o que foi delícia
É só monotonia.
E o que era sublime,
banal;
E o que era sonho,
só desilusão.
E o todo do que fomos
são só partes
de um quebra-cabeças
sem possibilidades
de ser resolvido.
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