RAG & BONE
Helen Mort
Seeing the cart and quartz-white mare
from your window, open to
the street,
I want the things that
other people don’t:
tortoiseshell glasses
someone must have
died in, a boa’s glossy
soddenness,
the china mug, cracked
with a final argument.
I want to climb inside the knackered
stronghold
of a fridge – no longer
cool – or lie beside you
on a mattress moulded by
another’s bones,
drift down the City road,
lay claim
to every disused shop,
the winter trees
still reaching out for
all the leaves they lost.
Come back: we’ll take the
slim, once-wanted moon,
unfashionable blackboard
sky. No-one will miss
the world tonight. Let’s
have the lot.
TRAPO & OSSO
Olhando o carrinho e a égua branca de quartzo
da sua janela, aberta
para a rua,
Eu quero as coisas que
outras pessoas não:
óculos de tartaruga de
alguém que deve ter
morrido numa umidade
brilhante de boa,
a caneca de porcelana
rachada de uma luta final.
Eu quero escalar dentro
da fortaleza de pó
de uma geladeira-que não
mais esfria - ou deitar ao seu lado
num colchão moldado por
ossos de outra pessoa,
conduzir pelo caminho da
cidade, reivindicar
para cada loja fechada,
as árvores de inverno
ainda tentando alcançar
todas as folhas perdidas.
Volta: vamos pegar a fina
lua, uma vez desejada,
céu de quadro-negro fora
de moda. Ninguém vai perder
o mundo esta noite. Vamos
tomar tudo.
No comments:
Post a Comment