Wednesday, June 09, 2021

Uma poesia de Alberto Vega

 

       LA TRAGEDIA DE JULIO CESAR

                     Alberto Vega                                         

       César Regresa victorioso:

      ¡Salve César! - dicen todos -

       Bruto lo mata para salvar la democracia

 

        Así lo dice y convence a la ciudad:

        ¡Salve bruto! ¡Muera César!

        Pero Antonio con su famoso discurso

 

         Da vuelta a la tortilla:

        ¡Salve Antonio! ¡Muera Bruto!

         Ambos hacen y deshacen

 

         Mientras la multitud va y viene

         Dando más de un mal paso.

         Bruto y Antonio pasan a la Historia

 

         Mientras los fabios, los cayos y los lucios

         (que son los que la hacen)

         se quedan como extras y en minúsculas.

 

         Y así el pueblo convertido en carne de cañón

         Después de la batalla es un pedestal de sangre

         En el que con pose olímpica

         Reina el César.

 

         Shakespeare: La tragedia de Julio César

       No es de Bruto ni de Antonio

       Sino del pueblo y su maldita inocencia.


A TRAGÉDIA DE JULIO CESAR

César regressa vitorioso.

Salve César-dizem todos-

Bruto o mata para salvar a democracia.

 

Assim o diz e convence toda a cidade:

Salve Bruto! Morra César!

Porém, Antônio com seu famoso discurso

 

De volta ao omelete:

Salve Antônio! Morra Bruto!

Ambos fazem e desfazem.

 

Enquanto a multidão vai e vem

Dando mais de um mal passo

Bruto e Antônio passam à História

 

Enquanto os fabios, os caios e os lúcios

(Que são os que a fazem)

Somente ficam como extras e em papeis pequenos

 

E assim o povo convertido em bucha de canhão

Depois da batalha é um pedestal de sangue

E é nele que, com pose olímpica,

Reina o César.

 

Shakespeare: a tragédia de Júlio César

Não é  de Bruto nem de Antônio

Sim do povo e sua maldita inocência.

Ilustração: http://www.teatrodomundo.com.br/.

No comments: