Este sou eu, um
só. O que do lado está ausente
por ser companhia
somente. Por colocar uma parede no coração.
E viver dentro de
si, em completo sigilo. Talvez por medo,
por buscar fugir
da dor-condição humana- ou não saber dizer,
com tanto domínio
da palavra, que ama mais do que deveria
e, assim, ama a
tantos, todo dia. Este sou eu, o que carrega o fardo
de não perdoar a
si mesmo e, por sonhar com o impossível,
fugir de todas as
possibilidades. Este sou eu, um menino
que desde criança amou a menina errada e ainda pensa
que as histórias de amor deveriam ter final feliz.
Este sou eu, um velho menino que vive
de fazer poemas para
tentar enfeitar a vida.
Ilustração: Freepik.
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