E quando quis olhar para
o céu só conseguiu ver a terra. Olhou de novo, com mais atenção, e só viu o
mar. E o céu, o mar e a terra não eram mais que esboços ruins do mundo, então,
compreendeu que tudo se havia feito ruínas.
Ruínas aquele amor
inacabável ainda que sendo tão belo. Ruínas as águas, as areias e os ares. Até
mesmo o sol, uma ruína brilhante em todo o seu esplendor. E sonhou ser um
pintor para recuperar a beleza perdida.
Porém, não havia o que
pintar nem para quem. E sentiu que o mundo havia acabado e inacabado seguiu seu
caminho amargurado a esperar por um fim que caminhava com suas próprias pernas
e estava irremediavelmente preso a um passado que jamais voltaria.
Ilustração: Casa Vogue-Globo.
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