Wednesday, July 28, 2021

Uma poesia de Antonio Martínez Sarrión

 


CARPE DIEM


Antonio Martínez Sarrión


Qué dispendioso pulular de nombres,

de ateridas esperas mientras la madrugada

difuminaba taxis en una sucia niebla.

Qué lástima de tiempo barajando

naipes ya de textura ala de mosca

cuando el sol meridiano, más de un punto granado,

no sabe de demoras, admite alistamientos

sin requisito alguno,

por ahogado de sombra que llegue el aspirante,

para entregar a cambio manos como paneles,

ríos de campanillas, zureos de palomas,

terco mundo presente,

que fulgura y se esfuma tan tranquilo,

negándose de plano -y con cuánto derecho-

al deshonesto oficio de pañuelo de lágrimas.

 

CARPE DIEM

 

Que dispendioso pulular de nomes,

de frias espera enquanto o amanhecer

esfumaça táxis com uma névoa suja.

Que lástima do tempo se arrastando

as cartas de textura de asas de moscas

quando o meridiano do sol, mais de um ponto escolhido,

não sabe de demoras, admite alistamentos

sem requisito algum,

por mais submerso na sombra que o aspirante chegue,

para em troca as mãos como painéis,

rios de sinos, arrulhos de pombas,

mundo teimoso presente,

que brilha e se esfuma tão tranquilo,

negando-se de pronto -e com quanto direito-

ao desonesto ofício de lenço de lágrimas.

Ilustração: https://www.liveaboard.com/.

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