CARPE DIEM
Antonio Martínez Sarrión
Qué dispendioso pulular de nombres,
de ateridas esperas mientras la
madrugada
difuminaba taxis en una sucia niebla.
Qué lástima de tiempo barajando
naipes ya de textura ala de mosca
cuando el sol meridiano, más de un punto
granado,
no sabe de demoras, admite alistamientos
sin requisito alguno,
por ahogado de sombra que llegue el
aspirante,
para entregar a cambio manos como
paneles,
ríos de campanillas, zureos de palomas,
terco mundo presente,
que fulgura y se esfuma tan tranquilo,
negándose de plano -y con cuánto
derecho-
al deshonesto oficio de pañuelo de
lágrimas.
CARPE DIEM
Que dispendioso pulular de nomes,
de frias espera enquanto o amanhecer
esfumaça táxis com uma névoa suja.
Que lástima do tempo se arrastando
as cartas de textura de asas de moscas
quando o meridiano do sol, mais de um
ponto escolhido,
não sabe de demoras, admite alistamentos
sem requisito algum,
por mais submerso na sombra que o
aspirante chegue,
para em troca as mãos como painéis,
rios de sinos, arrulhos de pombas,
mundo teimoso presente,
que brilha e se esfuma tão tranquilo,
negando-se de pronto -e com quanto
direito-
ao desonesto ofício de lenço de
lágrimas.
Ilustração: https://www.liveaboard.com/.
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