Sorte, sorte porque me
abandonaste?
E, logo quando, mais de ti
preciso
para salvar, talvez, o meu espírito
porque meu corpo como acha
arde
extinto sim, de forças, tão covarde
que, para nada mais, já tem vontade
nem mesmo de criar novo
sentido.
Não digo que cansei de ter
vivido,
nem dos nomes, das coisas e
do tempo.
Apenas já não tenho nenhum alento,
nem como desfazer os descaminhos,
nem juntar os pedaços que ainda tento.
Quem sabe se imaginasse um mundo novo
ou desimaginasse tudo já passado
não me sobrasse além do desencanto
mesmo que fosse no canto mais perdido
um caminho de volta pros teus braços
e não me visse assim tão amarrado
num barco que pressinto naufragado.
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