OGUN
y tus labios pronunciando
su nombre
siempre será tu cuerpo
bajo su cuerpo
sorprendido
siempre será amar en una
lengua extranjera
padeciendo la intemperie
frisando las palabras con
dolor
tres noches escritas en
el presente
un siempre del instante
tu lenta saliva deglutida
en angustia
las paredes filtradas por el deseo
siempre la señal
siempre desventura
y un temblor en los sedientos labios
OGUN
sempre serão os ventos do
mar do norte
e seus lábios
pronunciando o seu nome
sempre será o seu corpo
sob o corpo dele
surpreendido
sempre será amar em uma
língua estrangeira
padecendo com as
intempéries
frisando as palavras com
dor
três noites escritas no
presente
um sempre do instante
tua lenta saliva engolida
em angústia
as paredes filtradas pelo
desejo
sempre o sinal
sempre a desventura
e um tremor dos sedentos
lábios
Ilustração: https://guardian.ng/.
1 comment:
Gracias.
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