CENTRO DEL ALMA
De ojos que ya nada ven
brotan lágrimas
tan negras
que se olvidan de
su oficio
de ser en la noche
estrellas.
Dolor sin luz. Hoy
el alma
se hunde más en
sus tinieblas
porque la vida y
la noche
—un mismo mar—
hacen que ella
por su propio peso
caiga
en oscuridad
completa.
Ya su desnudo en
la noche
nadie lo ve, que
atraviesa
profundidades que
sólo
a Dios, su centro,
la acercan.
Hace tiempo que no
miro sino
hacia adentro. Me
llevan
por las calles
lazarillos
que me toman y me
dejan.
¡Ojalá tenga mi
vida
luces, aunque no
las vea!
CENTRO DA ALMA
De olhos que já nada
vêem
lágrimas negras
brotam
que esquecem seu
ofício
de se nas estrelas
da noite.
Dor sem luz. Hoje,
a alma
se afunda mais em
sua escuridão
porque a vida e a
noite
-um mesmo mar-fazem
ela
por seu próprio
peso caia
na escuridão
completa.
Já nu na noite
ninguém vê que atravessa
profundezas que só
a Deus, do centro,
se acerca
Faz tempo que não
olho senão
para dentro. Me
levam
pelas ruas cachorrinhos
que me pegam e me
deixam.
Oxalá tenha a
minha vida
luzes, ainda que
não as veja!
Ilustração: https://bneinoach.org.br/.
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