Sunday, August 01, 2021

Uma poesia de Rafael Espejo


Andare I. Fieles a la tradición, infieles al presente

 Rafael Espejo

No se huele Venecia,

no lleva el aire alientos alegóricos.

 

No hay casa para el eco, las palabras

ignoran sus orígenes.

 

No un sosiego de siglos

latentes en los templos.

 

No serán las paredes piedra vieja

en las fotografías.

 

En carnaval perpetuo,

en plena fuga de significados,

 

con los ojos lo entiendo:

la existencia más pura es la del agua.

Andare I. Fiel à tradição, infiel ao presente

Não se cheira Veneza,

não leva o ar respirações alegóricas.

 

Não há casa para o eco, as palavras

ignoram suas origens.

 

Não um sossego de séculos

latentes nos templos.

 

Não serão as paredes de pedra velhas

nas fotografias.

 

No carnaval perpétuo,

em plena fuga dos significados,

 

com os olhos o entendo:

a existência mais pura é a da água.

Ilustração: LabNetwork.

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