Se perdeu no tempo
o momento em que adormecemos.
Não foi de repente
nem ficamos assustados
com a falta de risos, de ecos,
de vozes, luzes e palavras.
Houve só a hora
na qual falar perdeu o sentido
e, como pedras tombadas
no deserto,
permanecemos juntos, perto,
mas, incomunicáveis,
como a sombra e o objeto.
Fonte: Águas Passadas, Editora Per Se, 2013.
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