Once loyal to a cruel master,
the dog moves like a man who
not so long ago weighed a lot less
and is still figuring the difference,
what if anything to make of it.
It doesn’t matter, whatever
tenderness she’s known since;
the dog, I mean. They’re called
hesitation wounds, the marks
left where the hand, having meant
to do harm, started to, then
reconsidered. As if a hand
could reconsider. The dog
wants to trust, you can see it
in her eyes, like that part in the music
where it still sounds like snow
used to. There were orchards, still;
meadows. She’ll never be free.
AQUELA
PARTE DA MÚSICA
Outrora leal
a um mestre cruel,
o cão se
move como um homem que
pouco tempo
atrás pesava muito menos
e ainda está
descobrindo a diferença,
o que fazer,
se é que há algo a fazer.
Não importa,
contudo qualquer
ternura que
ela conheceu então;
o cão, quero
dizer. Elas são chamadas
hesitações
feridas, as marcas
deixadas
onde a mão, tendo a intenção de
fazer mal,
começou, então
reconsiderou.
Como se uma mão
pudesse
reconsiderar. O cão
quer
confiar, você pode ver
nos olhos
dela, como aquela parte da música
que ainda
soa como a neve
costumava.
Ainda havia orquídeas;
campos. Ela
nunca será livre.
Ilustração:
Produzindo Redações.
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