EN TODO AMOR HAY ALGO QUE SE OCULTA
Mariana
Colomer
En todo
amor hay algo que se oculta.
Si
el evocado tacto y tu voz me colmaban,
ahora
ansío el rostro que me niegas,
aunque
sé que goce tan pleno
no
puede perdurar.
Todo
lo pierdo por quererte alcanzar todo
y
no saben dónde hallarte mis manos,
mariposas
en busca de tu cuerpo.
Fue
necesario huir hasta mis simas
para
tenerte nuevamente,
o
tal vez estuviste siempre en mí,
y
ya no sé mirarte
con
los ojos de entonces.
Em
todo amor há algo que se oculta
Em
todo amor há algo que se oculta
Se
ao recordar o tato e a tua voz que me satisfaziam,
agora
anseio o rosto que me negas,
ainda
sei que prazer tão pleno
não
pode perdurar.
Tudo perdi por querer-te alcançar tudo
e não sabem onde encontrar-te minhas mãos
borboletas em busca de teu corpo.
Foi necessário afundar até o poço mais profundo
Para te ter novamente,
Ou, talvez, estivestes sempre em mim,
E já não sei te olhar
Com os olhos de ontem.
Ilustração: passarinhosnotelhado.blogspot.com
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